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Marcos Manso "Marquinho" Jornalista, Presidente da Associação de Imprensa - AIB Redator-chefe do Jornal Tribuna do Grande Rio Editor da Revista Samba & Turismo Editor do Jornal Folha da Baixada Diretor da Rádio Orkut Tribuna do Grande Rio

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Momo vira cupido para casais de bambas do Rio


Pares do Carnaval carioca atravessam décadas unidos no samba e na vida e provam que amor de Carnaval pode, sim, ir muito além da Quarta-Feira de Cinzas


Rio - Momo também faz as vezes de cupido e prova que amor de Carnaval pode ir muito além da Quarta-Feira de Cinzas para casais de bambas. Unidos na folia, alguns pares romperam, há muitos carnavais, a barreira dos quatro dias.

Casados há 17 anos, Robson e Ana Paula, primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Viradouro, celebrarão o vigésimo desfile juntos, no próximo sábado. O relacionamento começou em 1990, entre um passo e outro nos ensaios da Vermelha e Branca de Niterói. “Começamos a dançar juntos, e ele iniciou a paquera. Mas eu não queria. Tinha namorado e também preferia não misturar pessoal e profissional. O Robson me perturbou por quatro meses”, lembra Ana.

Foto: Carlo Wrede/ Agência O Dia

Ele diz que o ‘jogo duro’ inicial não atravessou o samba dos dois. “Fiquei insistindo, e ela, nada. Um dia agarrei a Ana e dei um beijo”.

O beijo quebrou a resistência da porta-bandeira, que cedeu aos galanteios do parceiro. “Não resisti e começamos a namorar. Casamos três anos depois, quando esperava nosso filho”, conta Ana Paula, que nunca mais dançou com outro mestre-sala.

“Demos sorte e sempre dançamos juntos”, diz Robson, que ao lado da mulher já desfilou na Caprichosos de Pilares, na Grande Rio e na Porto da Pedra.

A história de amor dos carnavalescos do Salgueiro Renato e Márcia Lage começou, entre tecidos e blocos de isopor, no antigo barracão da Mocidade. Quase duas décadas depois, os dois estão casados e formam uma das duplas mais vitoriosas do Carnaval carioca. “Estamos casados há 19 anos e muito felizes. Costumo dizer que somos o oposto de Orfeu e Eurídice (personagens da mitologia grega que inspiraram peça teatral sobre uma história de amor que acaba de forma trágica depois do Carnaval)”, brinca Márcia.

Casal mais comentado do Carnaval 2010, os coreógrafos Rodrigo Negri e Priscilla Mota, responsáveis pela comissão de frente da Unidos da Tijuca, fizeram a estreia no mundo do Carnaval juntos, em 2006, mas defendendo bandeiras diferentes. “A Priscila dançava na comissão da Tijuca e eu, no Salgueiro. Só em 2008 começamos a trabalhar juntos, na Tijuca. A Lucinha (Nobre, então porta-bandeira da Tijuca) foi nosso cupido. Ela via um esperando o outro nos ensaios das comissões e dizia: ‘Precisamos unir esse casal’”, conta o bailarino, que conheceu a esposa ainda adolescente.

“Começamos a namorar com 15, 16 anos. Dançávamos na mesma escola. Um foi o primeiro amor do outro. Estamos juntos há 13 anos, sendo cinco de casados”, diz Priscila.

Momentos a dois em que a folia não tem vez

Casados e trabalhando juntos, Márcia e Renato Lage reservam momentos em que folia é assunto vetado. A carnavalesca revela que, embora o Carnaval domine a conversa dos dois, o espaço da família é sagrado.

“O Renato fala mais de Carnaval do que eu. Administrar essa coisa de trabalhar juntos é complicado, porque a gente gosta do que faz e se envolve. Mas temos os filhos e outros assuntos e conseguimos conciliar tudo”, diz Márcia.

Em 2009, quando esteve no Império Serrano, houve uma trégua nas conversas sobre o andamento do barracão. “Foi uma boa experiência. Conversávamos sobre Carnaval, mas cada um estava envolvido com um trabalho diferente”, lembra ela.

Rodrigo Negri e Priscila Mota contam que programam jantares românticos semanais para ficarem só curtindo o eterno namoro. “Pelo menos três vezes por semana a gente sai para jantar ou vai ao cinema. Temos um pacto de não falar de trabalho nesses momentos”, diz Priscila que ainda não planeja um herdeiro. “Talvez daqui a três anos. Tudo para a gente está acontecendo rápido. Pelo menos nosso filho, queremos planejar com calma”.

Beijo na boca já virou marca registrada


Único par de mestre-sala e porta-bandeira do Rio que são de fato casados, Ana Paula e Robson têm como marca registrada o beijo na boca durante a dança para os jurados. Eles contam que o filho deles, Patrick, foi o responsável pela inovação na coreografia. “Quando ele tinha 3 anos, via a gente dançando e ficava pedindo para a gente se beijar. Um dia, beijamos e acabou virando nossa marca. Hoje, se a gente não dá o selinho o pessoal fica pedindo”, conta Ana.

Robson revela que aproveita a dança para roubar umas bitocas quando a esposa está aborrecida com ele. “Às vezes, ela está nervosa comigo por algum motivo e vamos para o ensaio. Nesses dias, é que eu mais beijo a Ana. Em casa, ela não beija, mas na quadra tem que beijar. Ela fica apertando meu braço e me olhando com cara feia, mas eu nem ligo. Beijo mais ainda. O público nem percebe”, diverte-se.